segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

OS ÓRFÃOS









Meus irmãos, amai os órfãos; se soubésseis quanto é triste ser só e abandonado, sobretudo na infância! Deus permite que haja órfãos para nos exortar a lhes servirmos de pais. Que divina caridade ajudar uma pobre criança abandonada, impedi-la de sofrer fome e frio, dirigir sua alma a fim de que não se perca no vício! Quem estende a mão à criança abandonada é agradável a Deus, porque compreende e pratica sua lei. Pensai também que, frequentemente, a criança que socorreis vos foi cara numa outra encarnação; e se pudésseis vos lembrar, não seria mais caridade, mas um dever. Assim, pois, meus amigos, todo ser sofredor é vosso irmão e tem direito à vossa caridade, não essa caridade que fere o coração, não essa esmola que queima a mão de quem recebe, porque vossos óbolos, frequentemente, são bem amargos!

Quantas vezes eles seriam recusados se, em casa, a doença e a privação não os esperassem! Dai delicadamente, acrescentai ao benefício o mais precioso de todos os benefícios: uma palavra, uma carícia, um sorriso amigo; evitai esse ar de proteção que fere de novo o coração que sangra, e pensai que fazendo o bem trabalhais para vós e para os vossos.

Paris 1860.

Texto extraído do livro O Evangelho Segundo o Espiritismo página 140, edição 357.

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