segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Igualdade de direitos do homem e da mulher



817 – O homem e a mulher são iguais perante Deus e têm os mesmos direitos?

-- Deus não deu a ambos o conhecimento do bem e do mal e a faculdade de progredir?

818 – De onde procede a inferioridade moral da mulher em certos países?
-- Do domínio injusto e cruel que o homem assumiu sobre ela. É resultado das instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza. Entre homens moralmente pouco adiantados, a força faz o direito.

819 – Com que objetivo a mulher, do ponto de vista físico, é mais fraca do que o homem?

-- Para lhe determinar funções especiais. Cabe ao homem, por ser o mais forte, os trabalhos rudes; à mulher, os trabalhos leves; a ambos, o dever de se ajudarem mutuamente a suportar as provas de uma vida cheia de amargor.

820 – A fraqueza física da mulher não a coloca naturalmente sob a dependência do homem?
-- Deus deu a uns a força para proteger o fraco e não para o escravizar.

Nota:
Deus apropriou o organismo de cada ser às funções que lhe cumpre desempenhar. Se deu à mulher menor força física, deu-lhe ao mesmo tempo maior sensibilidade, em relação com a delicadeza das funções maternais e com a fraqueza dos seres confiados aos seus cuidados.

 
-- 821 – As funções a que a mulher é destinada pela Natureza terão importância tão grande quanto as conferidas ao homem?

-- Sim, e até maiores. É ela quem lhe dá as primeiras noções da vida.

822 – Sendo os homens iguais perante a Lei de Deus, devem sê-lo igualmente perante as leis humanas?
-- O primeiro princípio de justiça é este: “Não façais aos outros o que não gostaríeis que vos fizessem”.

822-a – Sendo assim, uma legislação, para ser perfeitamente justa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher?
-- De direitos, sim; de funções, não. É preciso que cada um tenha um lugar determinado; que o homem se ocupe do exterior e a mulher do interior, cada um de acordo com a sua aptidão. A lei humana, para ser justa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher. Qualquer privilégio concedido a um ou a outro é contrário à justiça. A emancipação da mulher acompanha o progresso da civilização; sua escravização marcha com a barbárie. Os sexos, aliás, só existem na organização física. Já que os Espíritos podem encarnar num e noutro, sob esse aspecto não há nenhuma diferença entre eles, devendo, por conseguinte, gozar dos mesmos direitos. 


Texto extraído de O Livro dos Espíritos - Allan Kardec questões de 817 a 822.

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